O Jogo e o Desenvolvimento
A importância dos jogos
Torna-se importante
percebermos como os jogos podem contribuir para estimular o desenvolvimento
cognitivo, social e emocional das crianças e dos jovens.
Para Piaget (1962), o jogo é importante no desenvolvimento cognitivo a
nível da representação mental e pensamento abstracto., Para Vigotsky (1978), contribui
para o desenvolvimento da representação mental e função simbólica e um instrumento de apropriação cultural.
Os jogos não servem para a transmição de
conhecimento e regras de convivência social de modo agradável e
estimulante. Os jogos são essenciais no desenvolvimento das crianças pois permite
que se expressem livremente e demonstram o estadio em que se encontram
cognitivamente. Os jogos devem
ter sempre um propósito em que os aspectos regulamentadores assumem um papel
central no acto de brincar pois é deste modo que as crianças irão estabelecer a
diferença entre trabalho e jogo.
•
Os jogos possuem características
educativas, permitindo ao jogador liberdade de caminhos, aprendizagem por
tentativa de erro e possibilidade de efectuar várias acções em simultâneo. Desta forma, o jogador aprende a jogar de forma adequada com as
suas necessidades individuais e onde faz descobertas de novas formas de
conhecimento.
Geração Net
•
Crianças e Jovens Têm criado novas habilidades cognitivas derivado ás tecnologias e á internet, e desenvolvido uma organização diferente para acederem à informação; conversam e interagem com várias pessoas ao mesmo tempo, em diversos assuntos;
assumem cada vez mais um papel de criadores do que de meros consumidores.
•
querem processos abertos, dinâmicos e
independentes, o que não significa que se deve descartar os métodos tradicionais,
pelo contrário, complementa-os e é uma outra possibilidade que o educador tem para
tornar a aprendizagem mais estimulante e agradável. Por isso alguns autores
afirmarem que se deve restruturar os métodos de ensino, ajustando as
necessidades desta nova geração. Os computadores e os jogos promovem a
interacçção nas ciranças/jovens, bem como o comportamento de interajuda e
tutoria entre pares.
CRITÉRIOS DE QUALIDADE
·
Há diversos ganhos educacionais, tirando partido
das múltiplas funcionalidades em que potenciam a qualidade educativa e os
educadores/Professores devem estar habilitados a usá-los e a saberem mais sobre
as aprendizagens que utilizam tecnologias para estimular e avaliar a qualidade
e adequação de softwares, bem como explorá-los em função dos.
•
O desafio, a fantasia e a curiosidade são
características que os jogos contêm e que por isso se tornam óptimos recursos
para que crianças e jovens aprendam, pois estas especificidades são cativantes.
As características devem ser estimulantes e desafiantes
consoante a idade e o estadio da criança, para que não desmotive e não abandone
a tarefa ou não entre em um estado de ansiedade por não conseguir concluir
determinada tarefa, levando á desistência. Os prémios, os rankings, emblemas,
estimulam recompensas sociais e emocionais que impulsionam o sentido de
compromisso e resolução de problemas
NOVO ENSINO
Integrara as tecnologias e os videojogos oferece um aumento
de interesse dos alunos e de ensinar novas e valiosas habilidade aos educadores
onde os ambientes de aprendizagem passam a ser centrados no aluno, alterando o
papel do professor tornando-se um facilitador. Há assim deste modo um papel
activo no processo de aprendizagem onde o aluno constrói o seu próprio conhecimento
e resolve problemas colaborativamente, passando a trabalhar em equipa. É
constantemente desafiado a desenvolver habilidades na resolução de problemas e
a exercer pensamento critico, analítico e criativo. Assim, as competências que
melhor se
Um exemplo - Matemática
Segundo Martin (1992) a área
curricular que mais beneficia com o uso dos videojogos é a matemática pois
utilizam uma linguagem simbólica distante da linguagem natural, utilizam
conceitos com elevado grau de abstração e assentam em regras de dedução e
cálculo. Os videojogos requerem uma seleção ordenada e sequencial de um
conjunto de instruções apelando frequentemente a conhecimentos e conceitos
matemáticos. Ajudam a desenvolver os conceitos como formas, contagens,
classificações, desenvolvimento do pensamento geométrico e espacial e ainda a
manipulação de ojectos (aumentando, diminuindo, colorindo, etc). Pode-se assim concluir
que nesta área há uma resolução de problemas aliada á interactividade em que a
criança é colocada perante a concretização de determinados objectos, desde os
mais elementares (figuras geométricas) ás mais elaboradas (resolução de
equação).
Conclusão
·
Os jogos “cumprem a função de construir ou
reorganizar funções cognitivas dos jogadores que são constantemente
intensificadas e que trazem novas formas de conhecimento” (texto1)
·
“ Os bons videojogos são verdadeiras maquinas de
aprendizagem” Paul Gee (2010)
Bibliografia
• - Gomes, T. & Carvalho, A. (2008). Jogos como
ferramenta educativa: de que forma os jogos online podem trazer contribuições para a aprendizagem. Actas da Conferência ZO+ Digital Games 2008.
• - Lopes, N. e Oliveira, I (2013). "Videojogos, Serious
Games e simuladores na Educação: usar, criar e modificicar" em Educação, Formação e Tecnologia, 6(1), 4-20
• - Amante, L. (2004). Novas Tecnologias, Jogos e
Matemática. In D. Moreira & I.
Oliveira, O Jogo e a Matemática (pp. 153-184). Lisboa: Universidade Aberta.
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